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   - Cubismo, século XX- primeira década

 

 Muitos dos pintores cubistas tinham anteriores ligações ao fauvismo, e, ao aprofundarem essas revoluções pela cor, alcançaram uma significativa reestruturação das formas. A linguagem plástica sintética criada pelo cubismo baseava-se na decomposição das formas em múltiplos poliedros, na fusão e sobreposição de planos, nas assimetrias e ritmos contraditórios, e na redução da gama de cores e temas. Este reportório formal assenta no princípio da autonomia da obra de arte em relação à natureza. Sendo assim, os quadros cubistas são compostos de "elementos tirados não da realidade da visão, mas da realidade da concepção" (Apollinaire).

 

 

 

 

      Explorando as descobertas científicas que marcaram o início do século XX, especialmente

no campo da física teórica (a teoria da relatividade de Einstein), os cubistas pretendem

representar nas suas obras a quarta dimensão: espaço-tempo. Este propósito revela-se

mais metafórico do que científico porque o espaço pictórico é incompatível com a

concepção do campo espacial da física, impossibilitando qualquer relação entre o

cubismo e a teoria da relatividade, como o próprio Einstein afirmou: "Esta linguagem

nova em matéria artística nada tem a ver com a teoria da relatividade".

 

 

 

 

 

 

   

 

 

     

 

     Numa primeira fase - a do cubismo analítico - , esta pintura representa os objetos segundo uma simultaneidade de pontos de vista, decompondo-os e organizando essas múltiplas facetas geométricas com um grande rigor formal, e com recurso a tonalidades sóbrias. Posteriormente, os artistas cubistas enveredam por experiências com colagens sobre a tela, acentuando a sua bidimensionalidade. Esta é já uma fase sintética em que: gradualmente se abandona a sugestão de volumes, e são propostas formas geométricas mais distanciadas da realidade. No entanto, o cubismo mantém ainda um laço entre o tema e o objeto, que só virá  a ser anulado pelo abstracionismo. (artsecxx.com.br)

Artes Plásticas e Literatura

Auto-retrato fase azul (à esquerda), e Auto-retrato de 1907 na fase cubista(direita), Pablo Picasso.

Les demoiselles d' Avignon- Picasso

Marcel Duchamp, Nu Descendo Uma Escada, nºII, 1912.

Manifesto Futurista

A primeira grande exposição de pintura futurista teve lugar em Milão, a 30 de Abril de 1911. Daí a três anos, uma grande parcela dos artistas que aderiram ao movimento tornaram-se críticos uns dos outros e alvos da pressão exercida pelo próprio Marinetti. Com a entrada da Itália na 1° Guerra Mundial, quando declarou guerra à Áustria em Maio de 1915, a maior parte das atividades artísticas sofreu uma interrupção. Após a Guerra, quando o grupo futurista se reuniu à volta de Marinetti, o movimento e as ideias já não refletiam a forma de pensar de outrora e o novo futurismo acabaria por ficar ligado ao Fascismo. Contudo, as ideias inovadoras de um Boccioni, Giacomo Balla ou Duchamp (sim, esse mesmo, com o "Nu Descendo a Escada"...) seriam aproveitadas para desnvolver alguns dos movimentos artísticos que foram surgindo ao longo do passado século. (entrelinhas.livejournal.com)

Escrito por Filippo Tommaso Marinetti e publicado no jornal francês "Le Figaro", em Fevereiro de 1909, o Manifesto Futurista inaugurou um dos mais importantes movimentos artísticos do século XX. Tendo por base os desenvolvimentos tecnológicos de finais do século XIX, a pintura futurista apostava muitas vezes na sobreposição de imagens, imprimindo dinamismo à cena representada. As figuras ameçavam escapar do seu contorno, exaltava-se a velocidade e a força numa tentativa de representar o movimento e, com isso, inaugurava-se uma nova crença estética no seio das artes. 

"Dinamismo di un cane al quinzaglio" (1912). Giacomo Balla.

 

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