
Do auge à Crise de 1929...
Esse post irá servir como um resumo e uma breve explicação sobre o contexto econômico geral do período entre guerras, para que, em conjunto com o outro post sobre o mesmo período, todos vocês tenham os conhecimentos básicos para entender a Segunda Guerra Mundial e o próprio entre guerras. Como já sabemos, as potências capitalistas, como os EUA, estavam em seu ponto ótimo de eficiência. E é por aí que começamos a entender a crise do capitalismo liberal da época.

Na foto percebemos o contraste entre o que era o "American way to live" e o momento pós crash da bolsa de NY.
Agora vamos avançar até o fatídico dia de 24 de outubro de 1929, no qual repentinamente vários títulos de ações foram vendidos na Bolsa de Valos de NY, mas não encontraram compradores. Esse fenômeno da especulação financeira causou desespero e medo nos participantes do mercado de ações, já que os preços de várias ações caíram para quase zero em um único dia. Mas a esperança era de que nos próximos dias tudo voltasse ao normal, mas obviamente não foi o que aconteceu.
As pessoas começaram a retirar seu dinheiro dos bancos e vender todas as suas ações antes que tudo piorasse, agora sim várias ações chegaram a ter valor nulo, bancos faliram, pessoas foram demitidas em massa, empresas faliram e agora sim o famoso "crash da Bolsa de NY" havia se consolidado.
A euforia e a esperança da população dos EUA no capitalismo era nítida: incentivo ao crédito, economia do país no seu auge, entrada de uma maioria comum no mercado de ações, evoluções tecnológicas, melhoras no padrão de vida. Tudo isso criou expectativas de prosperidade e estabilidade eterna no capitalismo liberal, que prometia a auto-regulação da economia. Contudo, alguns dos países que compravam aquilo que era produzido nos EUA estavam falidos, por culpa da Grande Guerra, o que fez com que se iniciasse uma crise de superprodução na indústria da potência norte-americana. Mas é claro, de acordo com os ideais mais aceitos, a economia se auto-regularia.

Foto tirada de um jornal clássico inglês em 1929.

Na Europa, em países que saíram vitoriosos da guerra, o clima de euforia e prosperidade era o mesmo que o da população dos EUA. Vale lembrar que esses países estavam agora fortemente interligados com a economia da então potência norte-americana, por conta de sua entrada como aliada à eles na guerra. Mas haviam também os vencidos, aqueles que passam por crises internas muito intensas, e, no caso da Alemanha, ainda deviam aos países vitoriosos. A Alemanha mergulhou em uma crise imensa, da qual ninguém avistava saída próxima ou atingível.
Desemprego, miséria, desvalorização absurda da moeda nacional, congelamento da produção industrial, e é nesse ambiente que surgem as novas ideologias partidárias que buscavam restabelecer a economia alemã, e dentre todos esses partidos existia um denominado Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães no qual destacou-se a figura de Hitler, um líder imponente e metódico, que prometia reacender a economia alemã e transformar a nação em uma potência. E de fato ele fez isso quando tomou as rédeas da nação.
Foi depois desse fatídico dia, a "quinta-feira negra" como alguns chamam, que o capitalismo liberal entrou em crise. Apesar de tudo, nada foi feito nos EUA até o ano de 1933 quando o governo Roosevelt implantou o New Deal. mas porque nada foi feito por tanto tempo a respeito da crise? Pessoas estavam se suicidando, famílias morrendo de fome, o país mergulhou em um imenso fosso... Mas lembram-se que eu disse que a crença era de que a economia se regularia sempre sozinha, pois é, o presidente Roosevelt (assim como seu antecessor Hoover) esperou que isso acontecesse. Mas óbviamente não aconteceu, os país sob os quais a economia dos EUA se apoiava não se recuperariam de suas crises internas tão rapidamente. E somente no ano de 1933 o governo passou a interferir nas políticas econômicas do país e regular a produção de material, assim como seu estoque e seus preços, alterar salários e tudo aquilo que fosse cabível para retirar o país da crise (Keynesianismo) mas mantendo o regime capitalista.

A tirinha satiriza e critica a crise de 1929, quando muitos proprietários deempresas tentaram suicídio após perder todos os investimentos na bolsa. (autor desconhecido, caiu no ENEM 2013)