
Os LOUCOS anos 20...
A expressão que intitula esta postagem é muito comum quando está se tratando do período que sucede a Primeira Guerra Mundial, e traduz de maneira muito completa o sentimento que a população da época transmitia (majoritariamente nos EUA). A guerra havia acabado, novas ideias surgiam, frutos da contestação, a arte estava em mutação, as novas ideologias em ascensão.

Na imagem, representação da Era do Jazz nos EUA, em plenos anos 20.
O sentimento geral desse período é traduzido pelo Hedonismo Moderno, conceito que trata da incessante busca pelo prazer que é visto como única forma de suprimir a dor e alcançar a felicidade, em conceito é tudo muito bonito mas pensando sobre o saldo da 1ª Guerra, veja se não faz sentido: tudo que havia sido feito foi destruído de repente, todos os conceitos que a sociedade acreditava serem ótimos caíram por terra, a desgraça reinava em várias nações. Nada mais justo do que as novas idéias que começassem a circular entre a população fossem de aproveitar a vida ao máximo e gozar dos prazeres mundanos enquanto ainda se podia. Surge no território dos EUA o Jazz e o Blues, estilos musicais que marcaram essa época, novos estilos de dança como o Foxtrot e o Charlestone, para aqueles que forem pesquisar sobre isso mais profundamente, busquem reparar em como esses estilos inovaram nos meios de expressão. A Europa e os EUA viviam períodos de mudanças.

Nos anos 20 a moda feminina sofreu uma revolução e isso influencia até hoje, pleno século XXI
Dentre os regimes que totalitários que surgiram nesse período, os que tiveram mais destaque e maior influência na Segunda Guerra Mundial serão explicados logo a seguir. No imediato pós-guerra, os italianos passaram por um processo inflacionário que empobreceu o país e causou um contraste entre o norte industrial e o sul agrícola. Isso colocou em destaque as ideias socialistas e exaltou o anseio à revolução proletária. O crescimento do número de comunistas e socialistas na Itália levou amplos setores da sociedade, sobretudo os pertencentes às elites, a buscar alternativas para manter o capitalismo. A opção escolhida foi o fascismo. Esse era o nome dado ao movimento criado por Benito Mussolini, em março de 1919. Tal movimento originou o Partido Nacional Fascista, e se utilizava de ações violentas para tentar restabelecer a ordem no país. Como os antifascistas eram poucos e estavam isolados, o resultado foi o aniquilamento da oposição e o estabelecimento da ditadura fascista Também se instituiu o corporativismo, elevando-se o Estado a gestor das relações entre capital e trabalho.

Na imagem, maior símbolo do totalitarismo, que vocês se aprofundarão logo logo.
Em 29 de janeiro de 1933 Adolf Hitler assume o poder. Dando andamento a um programa radical de mudanças no Estado e na sociedade alemã, Sindicatos de esquerda (socialistas) foram dissolvidos; a administração pública passou por expurgos, com a demissão de judeus e esquerdistas; criaram-se os campos de concentração e a Gestapo (polícia secreta do Estado). Hitler também se encarregou de recuperar a economia da Alemanha. A inflação foi contida; a agricultura e a indústria retomaram o crescimento.
O contexto político voltará a ser explicado mais a frente, quando formos falar sobre o início da Segunda Guerra Mundial.
Tratando primeiramente do âmbito artístico, vamos começar explicando o porque de as artes daquele período serem o que foram. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, vieram as contestações acerca dos antigos costumes e preceitos culturais. Pensem sobre isso, o mundo estava devastado, economias em crise, ideologias em embate, e as elites ainda mantinham o modelo de arte antigo?! Surge então o Modernismo, que caracterizou-se pelo rompimento com os padrões antigos do que era arte ou não, e também, muitas vezes pela crítica áspera a vários âmbitos da sociedade da época. Alguma variações do modernismo tratavam de retratar as inovações tecnológicas da época, como as viagens de avião, os centros urbanos multifacetados, a luz elétrica, e os carros, outras tratavam de inovar no quesito "forma", enquanto algumas se valiam disso para dessacralizar o antigo modelo de arte e criticar as prioridades da sociedade da época.
Foram nos "Loucos anos 20" que as mulheres saíram, no pós-guerra, para clamar os seus direitos de cidadãs.


Críticas aos costumes burgueses, contestação dos antigos costumes e ideologias, cultura em mutação, nações fragilizadas pela guerra recente, regimes políticos em decadência. Isso nos leva a pensar sobre os novos regimes que tomaram força nesse período, de maneira geral, os regimes totalitários. Se antes o capitalismo crescia vigoroso, as ideias liberais vigoravam em muitos governos e as esperanças acerca disso eram de prosperidade. Começam a tomar lugar de destaque nesse período os regimes totalitários que criticavam tanto o capitalismo como o socialismo e o comunismo (salvo exeções), e buscavam instituir novos modelos de governo que prometiam prosperidade e igualdade às nações sob seu regime.

Saindo da Itália e passando para a Alemanha, temos um país devastado, de todas as maneiras,pela guerra. Mas isso não é novidade, as mudanças começam quando no segundo semestre de 1918, uma onda comunista varreu a Alemanha e os movimentos começaram a ganhar força e seguidores. Foi fundado,ainda em 1918, o Partido Comunista Alemão, e nesse nesse ambiente que se plantou a semente do nazismo, cujo embrião foi o minúsculo Partido dos Trabalhadores Alemães.
Adolf Hitler ingressou no partido em 1919, transformando-o, em 1920, no Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), isto é, Partido Nazista. O traço mais específico do programa nazista residiu na defesa da raça ariana (germânica) e na condenação dos judeus. Para os ideólogos do partido, os judeus eram os capitalistas mais avarentos e os principais responsáveis pela criação e difusão do comunismo e eram responsáveis, portanto, pela miséria enfrentada pela Alemanha naquele período.