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Antecedentes

    Este post abordará uma explicação direta sobre o contexto geral do período pré-segunda guerra, e dos fatores que acabaram por a desencadear, podendo entender além disso, como o conflito iniciado na Europa rapidamente se espalhou pela África e Ásia, e depois, para o restante do mundo.

 

      Para entendermos a II Guerra Mundial é necessário voltarmos um pouco no tempo. No final da Primeira Guerra, uma época de paz era esperada nos países europeus, porém, as imensas indenizações sob os países considerados culpados pela guerra, como já foi visto, gerou grande descontentamento das nações derrotadas, aumentando o sentimento de rancor, insatisfação e nacionalismo, como por exemplo, no caso da Alemanha – penalizada através do Tratado de Versalhes (1919).

      É importante saber que com a dissolução da monarquia alemã, um grande espaço foi aberto para que novas políticas ganhassem força, e foi daí que a “famosa” República de Weimar teve seu início. No começo, num cenário de crise social e econômica, a República se dizia ser um governo liberal, o qual era sustentado por uma Constituição nova e apoiado pela população, no entanto, pouco tempo depois, esse mesmo povo se via participando de diversas greves e manifestações, uma vez que o país se encontrava marcado pela hiperinflação e pelo desemprego constante. Em uma tentativa de continuar no poder, o novo governo adotou uma posição conservadora, voltando-se para as classes de militares e empresários ultranacionalistas e deixando aqueles que inicialmente o apoiaram de lado.  Essa atitude, como era de se esperar, resultou em uma forte divisão interna entre os conservadores e os de esquerda. Hitler, num contexto de caos econômico, começou a conquistar o apoio do povo alemão defendendo uma política de que a força era a solução para os grandes problemas alemães. Sua propaganda, fator importantíssimo para o seu sucesso, era extremamente nacionalista e xenofóbica, dirigida contra o comunismo e contra os judeus. A partir do avanço do nazismo e de diversas disputas politicas, Hitler ganhou o cargo de Chanceler no início da década de 30, a partir de disputas pelo poder político (nazistas x comunistas), levando o governo ditatorial a desenvolver uma política de investimentos bélicos e de reorganização militar, com intuito, é claro, de colocar em prática seu projeto expansionista – “espaço vital”. Com essas ações, o Chanceler passou a romper o tratado, o que foi interpretado como uma revanche alemã pela derrota sofrida na guerra passada.

(Cartaz Nazista)

Caricatura de Hitler e Mussolini simbolizando, satiricamente, a aliança nazifascista.

      Durante todas as mudanças políticas e anexações territoriais estabelecidas pelos alemães, as potências europeias, em especial França e Inglaterra, resistiam em enfrentar a Alemanha e seus aliados, Japão e Itália, permitindo que eles violassem abertamente as resoluções do Tratado de Versalhes, atitude essa denominada “Política de Apaziguamento”. Mas agora vocês devem estar se perguntando o porque da não reação francesa e inglesa ao saber que os alemães estavam descumprindo o tratado estabelecido no pós Primeira Guerra, certo?! Bom, isso aconteceu porque o centro das atenções, nesse momento, era a União Soviética, por possuir ideais políticos divergentes com os países europeus, havia grande preocupação em relação ao avanço do comunismo, pelo medo de uma nova guerra, portanto, o país representava uma ameaça às grandes potências, o que não acontecia no caso da Alemanha, já que se acreditava que essa havia sido duramente castigada com o Tratado do pós-primeira guerra.

      Diante da pressão política exercida sob o território polonês por parte da Alemanha, como já foi mencionado nesse post, os ingleses e franceses firmaram um acordo onde defenderiam a Polônia caso acontecesse qualquer tipo de invasão aos seus territórios. Tal combinado foi visto com desconfiança pelos soviéticos, que decidiram assinar um pacto militar secreto com os alemães (Pacto de Não Agressão), comprometendo-se a dividir o território polonês  numa futura invasão ao país. Em 1939, ano que exército alemão invadiu a Polônia, foi dado como estopim e, de fato, como marco inicial da guerra. De imediato, a França e a Inglaterra reagiram e declararam guerra à Alemanha. 

 

      De acordo com a política de alianças militares existentes na época, formaram-se dois grupos: Aliados (liderados por Inglaterra, França URSS e Estados Unidos) e Eixo (Alemanha, Itália e Japão).

      A partir de 1938, o projeto expansionista alemão ganhou destaque e dimensão, já que o país invadiu a Renânia e anexou a Áustria, dominando a região dos Sudetos e depois o resto da Tchecoslováquia (Tratado de Munique). A ocupação alemã, desobedeceu, então, um combinado no qual eles se comprometeram a respeitar os domínios da Tchecoslováquia e da Polônia, sendo que esta última, apesar de não ter sido invadida, sofria forte pressão política sob sua autonomia territorial. Na Itália, enquanto isso, o governo fascista de Benito Mussolini também ia se expandindo, tinha como foco conquistar terras no Norte da África. Com o Japão não foi diferente, o país invadiu regiões chinesas ricas em recursos naturais e tomou territórios, fazendo com que o Japão, além de iniciar uma guerra contra a China em 1937, entrasse em confronto com a URSS durante a ocupação asiática. As ações expansionistas desses três países, o caráter ultranacionalista e o aumento do poder militar que seus governos tinham, levaram à formação do Eixo Roma-Berlim-Tóquio, em 1940, criando-se assim, uma das alianças que combateram durante a II Guerra Mundial.

(Cartaz britânico de recrutamento para o exército da Segunda Guerra Mundial)

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