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Ascenção do Totalitarismo...

     Logo após a Primeira Guerra Mundial (1914-1917) os acordos de paz responsáveis por manter a paz e estabilidade em toda a Europa acabaram, em verdade, gerando insatisfação entre os países envolvidos. Tais insatisfações foram um dos principais motivos para a ascensão de regimes totalitários, e posteriormente o início da Segunda Guerra Mundial.

      A principal característica de um regime totalitário é a do poder atribuído ao Estado que passa a ser total, ou seja, passa a estar presente em todos os setores da sociedade, religião, economia, educação, saúde, política, e, portanto é uma forma de governo autoritário. Todos que não concordassem com os regimes eram considerados inimigos e do ponto de vista do Estado precisavam ser eliminados. Além do medo, o Estado utilizou a propaganda de massa para ganhar popularidade e consolidar-se, tais propagandas tinham a finalidade de exacerbar o amor à pátria (ufanismo), manipular as pessoas em favor do regime.

Itália

Na Itália, as reivindicações territoriais não foram atendidas nos acordos de paz de 1919. Além disso, no imediato pós-guerra, os italianos passaram por um processo inflacionário que empobreceu o país e causou um contraste entre o norte industrial e o sul agrícola. 

Devido a essa situação, as ideias socialistas estavam em destaque, prevalecia no partido uma posição favorável á revolução proletária.

A vitória dos socialistas foi seguida de grande mobilização: uma série de greves por melhores salários e condições de trabalho se desencadeou pelo país. Mais de 1 milhão de grevistas paralisaram a indústria em 1920. Nesse contexto de radicalização, a ala esquerdista do Partido Socialista fundou o Partido Comunista em 1921. O triunfo dos bolcheviques na Rússia estimulava os comunistas de todo o mundo a se mobilizarem pela tomada do poder e, portanto, eram grandes as chances revolucionárias.

Como os antifascistas eram poucos e estavam isolados, o resultado foi o aniquilamento da oposição e o estabelecimento da ditadura fascista, com a prisão, o exílio e a morte de lideranças sindicais e políticas de oposição ao regime, declarando a ilegalidade de todos os partidos políticos, exceto o fascista. Também se instituiu o corporativismo, elevando-se o Estado a gestor das relações entre capital e trabalho.

Essa bandeira representa o movimento fascista. O machado representa o Estado, o líder máximo, o governo, no caso Benito Mussolini. As varas representam simbolicamente os italianos. As varas reunidas sugerem a idéia de força, de nação unida.

O crescimento do número de comunistas e socialistas na Itália levou amplos setores da sociedade, sobretudo os pertencentes às elites, a buscar alternativas para manter o capitalismo. A opção escolhida foi o fascismo. Esse era o nome dado ao movimento criado por Benito Mussolini, em março de 1919. Tal organização transformou-se no Partido Nacional Fascista, e se utilizava de ações violentas para tentar restabelecer a ordem no país. O Rei acabou por encarregar Mussolini de formar um novo governo, em 1922.

Alemanha

Segundo algumas interpretações, o símbolo da suástica – uma espécie de cruz em movimento- sugeria a energia, a luz, o caminho da perfeição.

Ao final da Primeira Guerra, a situação da Alemanha era crítica, estava fragilizada pelo pós-guerra e ainda foi obrigada a pagar pesadas indenizações aos países vencedores, perdendo territórios e impedida de se remilitarizar. A partir do segundo semestre de 1918, uma onda comunista varreu a Alemanha e os movimentos começaram a ganhar força e seguidores, em diversas cidades alemãs se organizaram comitês revolucionários. Foi fundado o Partido Comunista Alemão (1918) tendo como líderes Karl Lirbknecht e Rosa de Luxrmburgo. 

Foi nesse ambiente que se plantou a semente do nazismo, cujo embrião foi o minúsculo Partido dos Trabalhadores Alemães. Pretendia representar a classe operária alemã rivalizando com os comunistas e socialistas. Adolf Hitler ingressou no partido em 1919. Metódico, organizou o partido e assumiu sua liderança, transformando-o em 1920, no Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), isto é, Partido Nazista.

Em 29 de janeiro de 1933 Adolf Hitler assume o poder. No poder, Hitler deu andamento a um programa radical de mudanças no Estado e na sociedade alemã. Sindicatos de esquerda (socialistas) foram dissolvidos. A administração pública passou por expurgos, com a demissão de judeus e esquerdistas.

Criaram-se os campos de concentração e a Gestapo (polícia secreta do Estado). Hitler também se encarregou de recuperar a economia da Alemanha. A inflação foi contida, a agricultura e a indústria retomaram o crescimento com o congelamento dos salários. 

A consolidação do nazismo esteve, desde o início, comprometida com o expansionismo territorial, difundida pela ideia de que eram necessários novos territórios para o desenvolvimento da raça ariana, assim teve início à política expansionista.

O traço mais específico do programa nazista residiu na defesa da raça ariana (germânica) e na condenação dos judeus. Para os ideólogos do partido, os judeus eram os capitalistas mais avarentos e os principais responsáveis pela criação e difusão do comunismo e eram responsáveis, portanto, pela miséria enfrentada pela Alemanha naquele período. O nazismo inaugurou a noção de “guerra racial” e colocou a ciência a serviço de seu programa político. O movimento ganhou popularidade e isso favoreceu a ascensão do nazismo.

O movimento ganhou destaque logo após a crise de 1929, onde a Alemanha sofreu com os efeitos da crise. A inflação cresceu sem precedentes. Em meio à crise, o desempenho eleitoral dos nazistas cresceu, bem como a aproximação do partido com grupos ligados ao grande capital.

Outros regimes totalitários

 

Em Portugal, criou-se o Estado Novo, em 1932, sob a liderança de Antônio de Oliveira Salazar, dando origem ao salazarismo. 

Na Espanha, após a sangrenta guerra civil, o governo republicano foi derrubado em 1939 pelo general Francisco Franco, que contou com o apoio militar de Hitler e Mussolini. Foi a origem.

Na Europa Ocidental  países como a Noruega, Holanda e Inglaterra assumiram regimes autoritários e não foi diferente na Europa Oriental  onde tais regimes depois se aliaram à Alemanha e a Itália na guerra. Hungria, Romênia (por exemplo).

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